segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Ressureición a paso

O 2º semestre de 2011 marca a (enfim!) volta de um gigante. Assim como marcou a derrocada de outro, em seu início, com a queda do River Plate, o Boca Juniors resolveu entrar na crista da onda da história, e escrevê-la, para que as coisas fiquem mais saborosas para os xeneizes, e mais trágicas para os millonarios. Parece que depois de 3 anos na mais absoluta seca, o Boca voltará a campeonar. Ainda que seus oponentes mais próximos (Racing e Lanús) esperneiem, a diferença está muito grande, 8 pontos, coisa que, em 5 jogos, parece impossível de ser descontada, principalmente quando o futebol praticado pelo time de La Bombonera ratifica esta situação.

Ontem, os auriazuis foram ao Fortín de Liniers, enfrentar o misto quente do Vélez Sarsfield, mais preocupado com a Copa Sul-Americana, uma vez que já garantiu pontuação suficiente para estar na Libertadores '12 (e já estava classificado como campeão do último Clausura). E com todos os desfalques, o time de Falcioni conseguiu fazer um duelo muito equilibrado contra os donos da casa, jogando como costumaz neste torneio: fechadinho, esperado o erro do adversário para definir, e com muita (muita MESMO) solidez defensiva. O rochedo formado por Orión-Roncaglia-Schiavi-Insaurralde-Rodríguez sofreu apenas TRÊS gols no torneio (para quem tem o 3º melhor ataque - 17 gols-, é impressionante).

Sem correr qualquer espécie de riscos na defesa, bem guarnecidos por Somoza e Erbes, Erviti, Mouche e, principalmente, Chavéz tiveram liberdade para criar e incomodar um bocado a fraquíssima defesa do Vélez. Mesmo assim, foi uma partida sem grandes chances de gol, Montoya não foi exigido à altura do que prometia o confronto, mesmo tendo defendido um pênalti - absurdamente cobrado por Schiavi [?!], muito menos Orión, que trabalhou apenas 1 vez no jogo, em chutaço de longe de Iván Bella. O setor de meio-campo concentrou a maior parte das ações, principalmente pela variação de Gareca em optar por um 3-4-1-2 no seu time, com Martínez voltando muito como 2º atacante, e Canteros muito distante do "Mago" Ramírez, dificultando muito a criação, que ficava limitada a investidas de Cubero (um dublê de lateral-zagueiro, auxiliando Bella, posicionado à direita [?] do campo) e Papa, pelas bandas do campo. Por vezes foi complicado fazer uma leitura do jogo do Boca, porém era notório o posicionamento distanciado e aberto de Mouche e Araujo, este último de fraca atuação, apenas cavando um pênalti absurdo marcado por Elizondo.

Particularmente, não gostei da partida, esperava mais de ambas as equipes. Mas foi suficiente para o Boca Juniors chegar na próxima rodada com chances de ser o virtual campeão, contando com a vitória sobre o Racing, na Bombonera. O Lanús, que venceu o clássico do Sul, no Florencio Sola, 1-2 contra o Banfield, também é postulante, e poderá se destacar, dependendo do resultado do choque entre os líderes. O Atlético Rafaela, no meu ver, é fogo de palha, não passa do Colón, e se distanciará, independentemente do que aconteça nos outros jogos. A expectativa deste blogueiro é que o Racing faça o crime (e torço para isto), para que o Apertura retome sua "graça". Do contrário, que entreguem a taça para o capitão Schiavi e para o Boca Juniors.

Nos Acréscimos
  • Finalmente o Racing voltou a vencer! Acompanhei a vitória por 1-0 sobre o Argentinos Juniors, no Cilindro, em um jogo dramático. Gol marcado por Giovanni Moreno, aparando de cabeça um cruzamento de Toranzo, este que, diga-se de passagem, é essencial para qualquer pretensão que La Academia possa ter no torneio, até mais que Moreno. Segue meu descontentamento com Simeone, que parece ter voltado da Itália com doutorado em catenaccio.

  • A briga na parte de baixo da tabela parece começar a se definir, mesmo tendo mais 1 torneio a ser jogado. O Tigre só escapa do descenso direto se houver um milagre (leia-se título do Clausura). Se o San Martín/SJ não reagir, vai junto. Os times que ascenderam junto com o verdinegro de San Juan (A. Rafaela, Belgrano, Unión/SF) estão bem, todos com mais de 1.5 de promedio. Destaque para a situação preocupante do San Lorenzo. Mais a frente volto a tocar no assunto.

  • O River Plate está novamente na liderança da Primera B Nacional. Venceu, com autoridade, o Gimnasia Jujuy, no sábado, por 4-1. Show de Fernando Cavenaghi, que com os 4 gols marcados na goleada, já é o artilheiro do campeonato, com 10 gols em 13 jogos. Nada mal para quem voltou a Nuñez para jogar de graça, movido apenas pela paixão pelo clube. Por exemplos assim que torço para a volta do maior da Argentina.

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