quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Madrugando

Hoje inicia-se a Copa do Mundo de Clubes da FIFA, voltando ao Japão e às gloriosas madrugadas, depois de 2 anos no calor infernal dos Emirados Árabes Unidos. Mais uma vez teremos representante brasileiro no Mundial, o Santos, campeão da América neste ano, e é ele quem normalmente seguiremos aqui no blog, além do Barcelona, considerando a projeção do duelo Messi vs Neymar. Entretanto, temos mais 5 participantes, cada qual com sua história, trajetória e objetivos. Daqui a pouco entram em campo os nossos 2 primeiros analisados, o Kashiwa Reysol, dono da casa, e o Auckland City, time da Nova Zelândia, recordista de participações no Mundial da FIFA [2006, 2009 e 2011]. Não acompanharemos este jogo que acontecerá na cidade de Toyota [!], apenas passando o resultado final, pois um destes clubes poderá ser adversário do Santos nas semi-finais.

Começamos com quem faz as honras da casa, o Kashiwa Reysol; na minha cidade [Viamão, RS] há um time amador quase honônimo, o Rey Sol, time fundado por familiares do ex-jogador do Internacional [e alguns times da Espanha] Everton Giovanella, hoje dono do Lajeadense. Esta é uma primeira curiosidade sobre o atual campeão japonês, por mais irrelevante que seja, mostra que o time serve ao menos de inspiração aqui no Brasil. Nelsinho Baptista, o atual técnico, é integrante decisivo da montanha russa pela qual o clube passou. No clube desde 2009, o brasileiro pegou o aurinegro na J2, a 2ª Divisão japonesa, e o levou para o Mundial de Clubes, fazendo a dobradinha de títulos. O Kashiwa conta com 2 jogadores brasileiros, os conhecidos Jorge Wagner, ex-São Paulo e Leandro Domingues, ex-Vitória, e destaque absoluto da última J-League. Outro destaque da equipe é o jovem zagueiro Sakai, de 21 anos, que começou a aparecer no time nesta temporada, e já acumula convocações para a Seleção Sub-23 do Japão que está quase classificada para o torneio olímpico.

O oponente é o Auckland City, que no 1º Mundial que disputou, em 2006, ficou conhecido por ser um time praticamente amador, com jogadores que não tinham o futebol como sua principal profissão. 5 anos depois, a situação mudou de figura, apesar de ainda haverem os "atletas de final de semana". A Nova Zelândia voltou a uma Copa do Mundo, ano passado, na África do Sul, e o Auckland teve 2 representantes: o meia Dave Mulligan, nascido na Inglaterra, mas que desde as seleções de base defendeu os All Whites; o veterano zagueiro Ivan Vicelich, capitão do time, descendente de croatas, e que fez boa parte de sua carreira na Holanda. Podemos dizer que isto estruturou o futebol neozelandês, a participação invicta na Copa [3 empates, contra Eslováquia, Paraguai e Itália] motivou-os a entrar de vez no profissionalismo, o que já havia proporcionado a sua arquirrival Austrália dar um salto de qualidade. Além dos destaques anteriores, o espanhol Manel Expósito é bom valor do Auckland, tendo sido artilheiro do time na OFC Champions League.

No momento, a partida entre o Kashiwa Reysol e o Auckland City está no intervalo, e o placar marca 2-0 para os donos da casa, gols de Tanaka, aos 37'1T e Kudo, aos 40'1T. No domingo, 11, teremos 2 partidas válidas pelas quartas-de-final do Mundial; a 1ª é entre o vencedor da partida que está rolando em Toyota, contra o Monterrey, do México, e a 2ª é entre o Esperánce, da Tunísia e o Al-Saad, do Catar.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Fechando o balanço

2011 foi um ano estranho para os lados da Azenha. Uma sequência de situações profundamente lamentáveis minou o ânimo da grande maioria dos torcedores, que esperavam que este ano que se encerra fosse o ano da virada, da retomada dos grandes títulos, principalmente tendo em vista a grande campanha na reta final do ano passado. Não dá para dizer que deu tudo errado, seria admitir uma preposição para o trágico, que aqui não se aplica. Contudo, havia um planejamento emocional dos torcedores e, acima de tudo, havia uma [enorme] esperança, que não se cumpriu, com requintes de tortura para o já machucado coração dos gremistas. É mais um ano, não para se esquecer, mas para aprender com os erros, e tentar recomeçar em 2012, com ânimo, planejamentos emocionais e esperança renovadas.

O king-kong do começo do ano foi recebido com festa da minha parte; apesar de não querer o retorno de Ronaldinho, admito que a perda do meia-atacante para o Flamengo foi vergonhosa, pela negociação em si, e não culpo a trupe dos Assis Moreira - os caras eram renomados pilantras, e os seus interesses se resumiam apenas ao crescimento em progressão geométrica da conta bancária. O mesmo se aplica ao "caso Jonas", que tinha uma multa recisória ridícula [créditos ao ex-presidente Duda Kroeff] e, claro, em vias de entrar em uma fase da carreira onde a queda de rendimento era eminente, achou muito importante uma experiência [e benefício$] na Europa e se foi para a Espanha. O erro foi não reforçar-se como deveria para a disputa de uma Copa [aí os créditos vão para o atual presidente], além de ser criada uma imbecil guerra de bastidores, Odone vs Portaluppi.

Mandou quem pode, obedeceu quem teve juízo [até determinado ponto] e chorou o torcedor. Eu tenho lembranças claras do Grêmio em Libertadores desde 1998, e digo com segurança: NUNCA o Grêmio Foot-ball Porto Alegrense entrou em campo tão mal representado em uma partida de Copa. Fomos decidir uma vaga para as quartas-de-final, precisando vencer por 2 gols, e escalando como dupla de ataque [sic] Lins e Júnior Viçosa. Fomos jogar a liderança do grupo, contra o fraco Oriente Petrolero, na Bolívia, e voltamos com 3 gols na sacola. Não vencemos, ainda que fora de casa, o estreante em competições internacionais León de Huánuco, do Peru. Aliás, não ganhamos NENHUM jogo fora de casa na Libertadores '11. Pelo menos durante os jogos fora a cerveja é liberada...

Dizia anteriormente sobre obediência até determinado ponto, pois Renato Portaluppi abusou das suas convicções um tanto questionáveis. Para uma determinada parcela da torcida, Renato não era [é] somente o Rei do Rio de Janeiro, mas era o Rei do Rio Grande do Sul, ainda que apenas da parte azul dele, e diziam "amém" para opções bizarras do treinador futevoleiboleiro [sic]. Na minha modesta opinião, se ele mantivesse a estrutura com a qual venceu o 1º GREnal das finais do Gauchão, com um 4-3-3 bem estruturado, talvez tivessemos tido mais sorte na sua passagem. Entretanto, o vírus do 4-4-2 em losango já havia sido encrustado no grupo, e não creio que houvesse o que ser feito. Também não sou fã de exaltar o "se" por aqui, gosto mais de comentar os fatos, é mais simples e não me exige muita imaginação.

O fato é que o time corria grandes riscos nas mãos de Renato Portaluppi, vinha em aguda queda livre, sem perspectivas de melhora. Perder o Gauchão em casa, e ser eliminado de forma melancólica da Libertadores não foi o suficiente, ainda tinha que deixar a maionese começar a desandar no Brasileirão. Lá pelas tantas não deu mais, a situação ficou insustentável, e se fez uma experiência com o aprendiz de bicheiro e auxiliar técnico nas horas vagas Julinho Camargo. Nem vou me prestar a resgatar a campanha do rapaz comandando o Grêmio, cerca de 1 mês, e apenas 1 vitória, contra o Coritiba; se minha memória não me trai, ele foi o técnico que conseguiu a proeza de empatar com o América/MG, no Olímpico.

No seu lugar, Celso Roth, o Cláudio Duarte da 2ª década dos anos 2000. A missão era deixar o time tranquilo, e, pelo menos garantido na Série A do ano que vem. Ali a motivação e o ano tinham ido para o vinagre, os objetivos tinham se tornado minúsculos, em comparação ao final do ano passado. O time até conseguiu alguns resultados, que o colocaram na metade de cima da tabela, mas sem nenhuma estabilidade; Pelaipe voltou, trouxe alguns reforços, nada demais para voos mais altos, mas a direção já tinha estabelecido que jogar a 1ª Divisão de 2011 era o mais importante. A meta foi alcançada na vitória sobre o Flamengo, por 4-2, em mais um fiasco sobre o qual já falei por aqui, apesar do ótimo resultado, em CNTP [Condições Normais de Temperatura e Pressão].

A partir daí, o time, o clube, a torcida, todo mundo pareceu largar de mão e o time foi arrefecendo, e não vence desde então. As atuações tornaram-se fraquíssimas, mesmo no Olímpico. Houve apenas 1 jogo onde o time mostrou empolgação, na derrota por 5-4 contra o Fluminense, que mais pareceu uma pelada de solteiros vs casados - talvez este espírito motive mais os atletas do que defender as cores do clube, quem sabe? Nos 2 últimos jogos em casa, em 2 tardes modorrentas, abafadas, o time foi preguiçoso, e conseguiu não vencer Atlético/GO e Ceará, turistas na Série A para quem o Grêmio já havia perdido longe de seus domínios. O pior é ver a tabela final do campeonato e constatar que, pelos jogos que o Tricolor teria no fim, dava para almejar algo maior. Entretanto, é óbvio que não seria nem um pouco merecido.

O time termina o Brasileirão na 12ª colocação, com 48 pontos [13V, 9E, 16D], 24 em cada turno. Nota-se, analisando friamente, que a campanha em Porto Alegre [33P; 9V, 6E, 4D] comprometeu as pretensões do clube, até porque jogando fora o Grêmio não foi o fiasco de algumas temporadas atrás [15P; 4V, 3E, 12D]. Com 15 vitórias em casa, o time teria chegado no G5. Por exemplo, o Fluminense teve 15 derrotas [!] e foi 3º colocado - importante ressaltar que foram apenas 3 empates, todos fora. Mais números: em 2011, somando Gauchão, Libertadores e Brasileirão, o Grêmio jogou 71 vezes, com 30 vitórias, 17 empates e 24 derrotas; encerra a temporada em sua pior série sem vitórias, 6 jogos; fez seu último jogo em Libertadores da América no Olímpico, terminando com uma derrota por 1-2 contra a Universidad Católica/CHI [ao todo, 64P; 45V, 13E, 6D].

Assim finaliza-se o ano. Um ano onde o Grêmio diminui ainda mais, e não faço qualquer comparação com adversários, este apequenamento se dá em comparação a si próprio, com suas glórias passadas, que a cada ano que passa ficam na poeira do esquecimento. 2011, como eu disse anteriormente, não deve ser esquecido, pois são com nossos erros que aprendemos, efetivamente. Espero, sinceramente, que a direção tenha aprendido com as burradas cometidas neste ano, e pense mais no clube que eles estão comandando do que nos nossos rivais. ESQUEÇAM OS RIVAIS. O nosso clube é infinitamente maior que isto. E peço desculpas pelo extenso texto. Muitas das coisas escritas vocês já sabem, estão carecas de saber, diga-se de passagem. Que siga o baile.

Liberto...


Liberto. O Inter venceu o Grêmio com todos os méritos foi melhor que seu eterno rival e provou neste domingo que tem mais time do que a rapaziada da Azenha. Foi um GRENAL aguerrido, disputado e muito nervoso por ambos os times. O time colorado no primeiro tempo ficou travado mas na segunda etapa melhorou tanto que fez o gol e poderia ter ampliado o placar não fosse a fome de Gilberto. A defesa do Inter se portou segura com Moledo e Indio, Tinga e Guiñazu foram novamente muito competentes em suas funções desarmando e dando uma qualificada saída de bola, D´Alessandro foi o nome do jogo e Oscar incansável marcando, armando e correndo pelo campo todo resumindo voltou a tomar Nescau. Não gostei dos laterais que sucumbiram com a investida de Marquinhos pelo lado do Kleber e Escudeiro afugentando o Nei.
Mas neste GRENAL ficou claro que o Inter tem mais time e poderia ter ido adiante na briga de um brasileirão que ficou limitado num torneio “RIO-SÃOPAULO” pois o colorado foi o time que mais chegou perto em uma modesta quarta posição.
Portanto o ano colorado foi bom com um titulo internacional, Gauchão e uma quinta posição que leva a seletiva da Competição mais charmosa das Américas mas poderia ter sido muito melhor não fosse o desperdício e falta de competência pelo lado dos gestores de futebol que ficaram presos na falta de convicção que foi salva ainda a tempo por Dorival que a arrumou a cozinha, colocou o lixo para fora e deu um 2012 para a torcida colorada ficar LIBERTA para sonhar...

Destaque: D´Alessandro foi o melhor em campo mostrando que é sim um dos melhores da função e indispensável para o time da Padre Cacique. Oscar voltou a tomar Nescau e resolveu correr e fazer o que sabe jogar bola. Indio apesar da idade mostra que têm ainda um pouco de café no bule.

Decepção: O ataque colorado não foi bem... Damião estava irritado com não sei o que e prova que precisa de férias.  

*Parabéns ao técnico Tite que mereceu o caneco por suportar a pressão que é treinar o Corinthians mantendo sempre um padrão de jogo. Assim dando alegria de mais titulo brasileiro a sua fanática torcida em um dia tão triste que foi a morte de um grande ídolo Sócrates.    

** Coitada da torcida do Atlético-MG que não consegue comemorar nada. Onde tinha tudo para empurrar o Cruzeiro para o inferno da segundona tomou um bordoada de 6 gols e murcho a crista do Galo...

*** O Vasco mesmo não conquistando o titulo mostra para muito dirigente que da sim jogar todas as competições em alto novel.

Pergunta: Será que o brasileirão 2012 vai continuar sendo disputado apenas pelos times do RIO-SÃOPAULO