quinta-feira, 10 de maio de 2012

Transição

Buenas! Este é um momento importante, depois de alguns dias sem postagens aqui no Vida Cancheira, então creio que seja importante ser breve. O nosso blog está sofrendo modificações, tanto estruturais, quanto de conteúdo, e a primeira mudança nós apresentamos neste post. O site está se mudando do domínio ".blogspot.com", para um ".com.br", na plataforma Wordpress. Pedimos compreensão dos amigos e leitores nestes primeiros momentos, quando desenvolvemos o portal, e os novos conteúdos. É uma fase inicial, que exigirá muito dos blogueiros. Todas as postagens foram exportadas para o novo domínio, ou seja, tudo que foi visto e escrito aqui neste espaço, também estará disponibilizado no nosso novo site. Por enquanto, deixaremos o Blogger ativo, mas será uma medida provisória, daqui a algumas semanas estaremos somente e em definitivo no vidacancheira.com.br. Está é uma vitória nossa, que, acima de tudo, tem a participação de nossos leitores, amigos e parceiros, e aqui fica nosso agradecimento, e pedido para que sigam conosco no novo Vida Cancheira.

sábado, 5 de maio de 2012

Cerebral

Na noite de ontem, tivemos a honra, o orgulho e a satisfação de receber no nosso 1º "VC no Bar", o grande Larry Pinto de Faria, eterno atacante do Rolo Compressor, time histórico do Internacional na década de 50. Realizamos a gravação do podcast no bar Ossip, na Cidade Baixa, e conversamos com Larry sobre os mais variados aspectos do futebol, e, claro, sobre a história, as vivências e a visão diferenciada de futebol que somente um craque como ele pode nos transmitir. A mesa contou com Carlos Paiva (@bolachinhaman), Jhon Tedeschi (@jhontedeschi) e Marcelo Mello, contando com o apoio, além do Ossip (e aqui o agradecimento ao Martínez, que nos cedeu o espaço, e foi um excelente anfitrião), da Aduana Moda Masculina, nosso 1º apoiador, que presenteou Larry com uma belíssima camisa. Desfrutem!





sexta-feira, 4 de maio de 2012

Coruja pelada na altitude

As oitavas-de-final da Copa Libertadores vinham sendo de extremo equilíbrio, até a noite de ontem. No Olímpico Atahualpa, a mais de 3000 metros de altitude, o melhor time da América do Sul, segundo alguns "entendidos", foi deposto desta titulação e, provavelmente, da disputa pelo título da Libertadores. Em uma partida com gramado enlameado, muitas faltas, tarjetas multicoloridas, apagão nos refletores, dentre outros agregadores de dignidade ao jogo, o Deportivo Quito se aproveitou da sua capacidade de adaptação, até por ser o mandante, e goleou, ao natural. Destaques para as grandes atuações de Fidel Martínez, atacante pela esquerda, liso, veloz e driblador, que incomodou Osvaldo González, até que este fosse expulso, e Gustavo Matías Alustiza, agora o artilheiro da competição com 8 gols. Sem contar no grande retrospecto de La Academia jogando em seus domínios, com 4 vitórias em 4 jogos, 14 gols marcados e apenas 1 sofrido.

Os equatorianos começaram o jogo pressionando muito, tentando fazer valer o fator local, tendo como trunfo a altitude a seu favor. Os chilenos tentavam manter a bola nos pés, mas a forte marcação adversária não permitia a tradicional troca de passes, Marcelo Díaz e Aranguiz eram bem marcados e as escapadas com Mena e Rodríguez não eram eficazes como de costume - assim sendo, Junior Fernandes era figura nula no campo. De tanto insistir, aos 29', "El Chavo" Alustiza recebeu ótimo passe na grande área e chutou no alto, indefensável para Jhonny Herrera. Menos de 2' depois, Olivo, que havia recebido cartão amarelo minutos antes, foi expulso em lance de interpretação discutível do mexicano Chacón. Foi a senha para La U se jogar ao ataque de vez, e Carlos Ischia colaborava recuando o time da casa (sacou o avante Bevacqua e colocou o volante Bolaños).

Esta postura foi completamente determinante para o empate chileno, menos de 10' depois de o Deportivo Quito ter aberto o placar. Rara jogada lúcida de Díaz na noite de ontem, lançando Matías Rodríguez, que trouxe a bola para o pé esquerdo (o bom) e fuzilou o veterano Elizaga. O jogo dava toda a pinta de ter virado a favor dos visitantes, mas o que se viu foi um descontrole ofensivo do time da casa, com Martínez e Paredes simplesmente enlouquecendo os defensores rivais. Paredes, inclusive, sofreu um pênalti ignorado pela arbitragem; no meu ver, ele é empurrado na área, só sua queda deveras acintuosa deu a impressão de uma cavada. A medida que o tempo passava, a defesa chilena afrouxava, soltava a corda, até ela cair: Herrera tentou sair jogando, só que Mena aparentemente estava dormindo, e na sequência do lance houve um escanteio. E na sequência do escanteio teve um gol, gol de Luis Checa, o zagueiro-artilheiro do futebol equatoriano. Deportivo Quito novamente na frente.

Na volta do intervalo, Sampaoli, já devidamente expulso, fez 2 trocas, sacando Henríquez e Martínez para as entradas de Lorenzetti e Magalhães. O argentino com nome de marca de chuveiro elétrico, outrora titular, tentou a todo custo ajudar Díaz e Aranguiz, sem o menor indício de sucesso, tanto é que, mesmo jogando com 1 a menos, quem atacavam eram os comandados de Ischia. Em um lapso em que não tivemos as imagens do jogo, "El Chavo" Alustiza marcou mais um, seu 8º gol na competição, e praticamente definia a partida, aos 11' do 2º tempo. 3' depois o zagueiro Osvaldo González, cansado da "alegria y atrevimiento" de Martínez resolveu atorar o ponteiro-esquerdo dos locais, e foi para o olho da rua. Dali em diante, seguiu o desande da maionese de La U, e mesmo que chegasse esporádicamente, como com Junior Fernandes, bloqueado por Elizaga, os chilenos seguiam com um desempenho próximo ao constrangedor.

Após mais alguns 473 dribles en la banda-izquierda do gramado, Fidel Martínez resolveu guardar sua bucha no gol do Bulla. O dublê de Neymar equatoriano pegou a bola próximo a linha divisória do gramado, e arrancou sem nenhuma marcação, invadiu a área e mandou de canhota, inapelável, para decretar o 4-1 no placar do Olímpico Atahualpa, 3º gol do moço na competição. Dali em diante, o jogo seguiu com uma pressão inócua da Universidad de Chile, tentando, ao menos, diminuir o estrago e voltar para Santiago com uma desvantagem menos pesada nas costas. Acredito que, em casa, La U vá jogar futebol, coisa que não fez em Quito, entretanto, o Deportivo está com uma mão e 3 dedos na vaga, apenas um desastroso 3-0 (ou mais!) contra o eliminará da competição, e futebol vai ser o que menos os equatorianos irão querer ver na próxima quinta. Será um jogo muito interessante, tendência de ataque vs defesa. A ver.

Antes do Esquecimento
  • Na quarta, é bom que se faça constar, mais 2 brasileiros deram as caras pelas oitavas-de-final da Libertadores. Em Guayaquil, o Corinthians (na figura do goleiro Cássio) segurou um 0-0 cumpridor contra o Emelec. Gol sofrido no Pacaembu é sinônimo de desastre, mas o time de Tite é muito pragmático, e duvido que isto acontecerá. Já no Rio de Janeiro, Vasco e Lanús fizeram uma partida bem movimentada. Vitória carioca por 2-1, gols de Alecsandro e Diego Souza, com Regueiro diminuindo para o granate. Em La Fortaleza o buraco será bem mais embaixo, e vitória simples dá a vaga aos argentinos. Destaque negativo para Cristóvão Borges, que sacou Felipe e Diego Souza para as entradas de Fellipe Bastos (!) e Carlos Alberto (!!!!). Foi fortemente vaiado, com razão e justiça.
  • Pela Copa do Brasil, na quarta-feira, tivemos mais 3 jogos, fora Fortaleza 0-2 Grêmio. No Moisés Lucarelli, a Ponte Preta bateu o São Paulo por 1-0, gol de Roger (ex-Tricolor Paulista); no Barradão, Vitória e Botafogo empataram em 1-1, gols de Elkeson, para os cariocas, empatando Neto Baiano para o rubro-negro; e na Vila Capanema, Edigar Junio fez o gol da vitória do Atlético/PR sobre o Cruzeiro. Ontem, mais 2 jogos: no Mangueirão, o Paysandu precisava reverter uma desvantagem de 3 gols, mas acabou perdendo novamente, 0-1 para o Coritiba, gol de falta de Tcheco; já na (belíssima) Arena Independência, o Atlético/MG até largou bem, fazendo 2-0 antes dos 30', só que o 2º tempo foi todo do Goiás, que fez o gol de honra, e da classificação, aos 40', com Felipe Amorim. O Coritiba pega o vencedor de Botafogo-Vitória, e o Goiás encara quem passar de São Paulo-Ponte Preta.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Pior que a encomenda

Mais uma noite de Copa, noite encrencada de dificuldades para acompanhamento. Dentro da faculdade, rádio e Twitter salvam, pena que não é o suficiente para fazer uma análise mais aprofundada. Tudo que se prometeu do Fortaleza, que iríamos ter um PV em chamas, com o Tricolor do Pici mordendo até os cabelos dos gremistas, entre outros fatores de pavor, não aconteceram. O Tricolor de Porto Alegre matou a fatura antes dos 15' da 1ª etapa. Em um intervalo de menos de 2 minutos, Marcelo Moreno e Marco Antônio, com um golaço, acabaram com a frescura na Capital do Ceará. O Fortaleza conseguiu impor alguma pressão apenas no início do 2º tempo, quando perceberam que não tinham nada a perder, e após a expulsão de Pará, quando, por motivos óbvios, se viram obrigados a atacar a todo custo, mas exigiram apenas 2 defesas mais relevantes de Victor. Espero poder assistir ao jogo durante a noite, para poder embasar um comentário mais consistente. Por enquanto, ficamos no aguardo do vencedor do confronto entre Bahia e Portuguesa, e cumpriremos tabela na próxima quarta-feira, às 22h.

* atualização já em casa, em 03.05, à 00h22

Como eu já esperava, não consegui assistir ao jogo, nem melhores momentos, nem VT, nécaras. Não vou redigir o mais do mesmo que a imprensa escrita já colocou na faixa, apenas algumas constatações do que ouvi, sobretudo quando consegui conexão com a Grêmio no Ar, alternativa digna para quem quer uma transmissão feita para torcedores gremistas, por gremistas que, acima de tudo, entendem de futebol. 1ª) Edílson é titular mesmo com os braços amarrados, e é inacreditável como Gabriel durou tanto tempo na titularidade. Ao menos a presença de alguém que se diz lateral na linha de fundo adversária já mata as saudades, e isto que o #33 está (muito) longe de ser o lateral dos sonhos; 2ª) Marcelo Moreno e André Lima não podem jogar juntos. Acho que foi feita uma tentativa, só que minha memória não me permite lembrar exatamente em qual jogo - e se realmente havia sido feita. Hoje tivemos a certeza (espero que Luxemburgo também): não dá; 3ª) Pará expulso é reforço para o jogo da volta. Entretanto, ficarei tranquilo apenas quando tiver a certeza que Júlio César já esteja plenamente recuperado, o que acredito que acontecerá até a semana que vem; 4ª) Vílson entrou muito bem na vaga de Werley. Se o ex-atleticano ficasse em campo, creio que haveriam brechas para o Fortaleza causar danos ao Grêmio no placar, sobretudo quando a vaca ameaçou querer ir para o brejo, pós-expulsão de Pará; 5ª) Marco Antônio, a mim tu não engana! O gol de placa que fizeste, de maneira alguma, não pode fazer com que se esqueçam as atuações medíocres; 6ª e última) não vamos nos enganar. O Fortaleza é clube de 3ª divisão, fraco, fraquíssimo, talvez pior até que o River Plate/SE(m grife). Ao menos desses o Tricolor vem ganhando com (relativa) segurança.

No mais, os resultados da noite de hoje me deixam ainda mais tranquilo em relação ao futuro gremista na Copa do Brasil. Vitória e Botafogo empataram em 1-1, no Barradão, e são 2 times que não me preocupam, uma hora irão derrapar. Os favoritos (?) São Paulo e Cruzeiro jogaram fora de casa contra Ponte Preta e Atlético/PR, respectivamente, e foram derrotados por 1-0. Vai ser engraçado ver estes times tendo que tirar sangue das unhas para chegar as quartas-de-final, enquanto o Grêmio fará um jogo-treino de luxo semana que vem. O caminho para o penta me parece cada vez mais claro, sem nuvens. Nem conto mais o jogo da volta contra o Fortaleza. Faltam apenas 6 jogos!

Saque fortínero no Cartel de Medellín

Terça de feriado e frio no Sul. Tempo propício para tentar acompanhar as 2 partidas da noite de ontem pela Copa Libertadores da América. Infelizmente consegui apenas assistir ao 1º jogo da noite, o 2º começou as 23h30, e hoje era dia de labuta, portanto, não ficaria 90' na frente da televisão por nada deste mundo. Bueno, no Atanasio Girardot, a promessa era de um grande jogo entre Atlético Nacional e Vélez Sarsfield, mas o que se viu ficou deveras longe do esperado. Os argentinos largam na frente no confronto, e terão uma vantagem gigantesca na próxima terça - se complicam apenas se levarem gols, e os colombianos (ainda) tem o melhor ataque da competição. Os verdolagas foram para a decisão sem o técnico Escobar (Santiago, não o Pablo), demitido na segunda-feira, depois do clube após uma crise envolvendo Dorlán Pabón, Macnelly Torres e Luis Fernando Mosquera na época do aniversário de 65 anos do Atlético.

A partida começou com o Nacional indo para o ataque, e tentando abrir vantagem já nos primeiros minutos. O estádio não estava tão cheio, porém os torcedores que encararam a tempestade na noite de ontem foram à arquibancada dispostos a apoiar o time até o final. Pabón até exigiu boa defesa de Barovero no início, só que a resposta do Vélez foi fatal: aos 8', Martínez ensebou a jogada pela esquerda, inverteu bela bola para Iván Bella, que ajeitou para o pé esquerdo e mandou no cantinho, sem chances para Pezzuti. O gol apavorou os colombianos, que começaram a partir para cima de forma desordenada. Ainda sob efeito dos conflitos do último final de semana, Pabón, Torres et caterva tentavam chutes dementes de qualquer localização do gramado, na torcida por pegar o ótimo Marcelo Barovero desprevenido. Eles poderiam ficar se utilizando desse expediente durante mais 3 horas, e não aconteceria nada.

Os defensores do Vélez foram os nomes da partida, Ortíz e Sebá Dominguez tiveram atuações exemplares, bem como os abnegados Cubero e Zapata, que brecaram todas as tentativas de tramas ofensivas dos colombianos. No início da 2ª etapa, Martínez cavou um pênalti, que ele mesmo cobrou e desperdiçou, em grande intervenção de Pezzuti. Lá pelas tantas "El Burrito" puxava toda sorte de contra-ataques, que invariavelmente morriam nos pés de Lucas Pratto, que, não fossem 2 finalizações perigosas, seria facilmente o pior em campo, se assemelhando a uma banheira vestindo a camisa 22 fortinera. Gostei muito da atitude dos colombianos, que, ao menos se não conseguiam criar com decência, arriscavam. Arriscavam, arriscavam e arriscavam... Chegaram perto do gol apenas em gol quase feito perdido por Pabón e em uma cobrança de falta de Juan Quintero, ambas ótimas defesas de Barovero.

No final das contas, o 0-1 ficou de ótimo tamanho para o Vélez, apesar de eu acreditar que o empate teria sido mais justo, pela insistência heroica do Atlético Nacional, apenas pecando pela ineficiência. O Vélez é tão, mas tão zicado, que é capaz de levar 1-2 na volta e dar adeus à Copa, como também é capaz de emendar uma goleada histórica; o tempo me ensinou a não confiar em times que tem um "V" (de Vendetta?!) cruzando a camisa. A vantagem está com o Vélez, só que não sou eu quem me atreverei a estabelecer tendências para o confronto - tudo pode acontecer em Liniers. Como o próprio treinador Ricardo Gareca disse, não há nada garantido, mesmo com a vitória fora de casa. A ver, infelizmente não conseguirei acompanhar o jogo de volta, que será realizado na próxima terça-feira (útil!), no José Amalfitani.

Meu pai (!) acompanhou comigo boa parte do 1º tempo de Cruz Azul-Libertad, e proferiu que só iria dormir quando o Libertad empatasse. Pois é, "La Maquina Cementera" abriu o marcador cedo, com Orozco, aproveitando linha de passe de cabeça iniciada no cruzamento de Perea (sim, aquele mesmo) e assistência de Maranhão (o próprio). Antes disto, o goleiro Corona deu um enorme susto até em quem assistia pela televisão: ao interceptar bola nos pés de Pablo Velázquez, o centroavante acabou acertando acidentalmente o adversário. Enfim, meu pai não precisou esperar muito, e aos 25' da 2ª etapa, o próprio Velázquez empatou o confronto. Segue minha torcida pelos Repolleros no jogo de volta, também na próxima terça, em Assunção. Hoje teremos Lanús-Vasco da Gama, Emelec-Corinthians e Boca Juniors-Unión Española. Na medida do possível, acompanharemos.