sexta-feira, 8 de abril de 2016

Sempre te apoiando em busca de um campeonato, São José!

(Foto: Divulgação / Esporte Clube São José)
Eis que voltamos aos trabalhos no Vida Cancheira, depois de uma interrupção de mais de um ano, em virtude de diversos compromissos que não permitiram aos redatores seguir contribuindo por aqui. Nada mais justo que retornar falando do que sempre nos moveu a expor nossas opiniões sobre aquilo que é, como diria o mestre Nelson Rodrigues, “a coisa mais importante dentre as menos importantes”.

Ao longo da nossa trajetória “metemos o nosso bedelho” em muita coisa, falando de futebol sob os mais diversos aspectos. No entanto, sem sombra de dúvida, a experiência mais gratificante foi poder abrir um espaço para falar sobre um clube que sempre teve a nossa simpatia e passou a ter a nossa torcida incondicional, o Esporte Clube São José, também conhecido como “o clube mais simpático do RS”.

Particularmente, sempre gostei do Zequinha, mas minhas relações com o clube da Zona Norte se estreitaram em 2007, quando Danrlei, um dos atletas mais vitoriosos da história do Grêmio, foi jogar por lá. Dali em diante passei a acompanhar os resultados do time mais de perto, até começar a frequentar o estádio, em 2010. Inclusive a minha primeira experiência no Passo d’Areia foi em um jogo pra lá de alternativo, entre São José e Cerro Porteño, do Paraguai.

A aproximação definitiva com o São José

Dois anos depois, aceitamos o desafio de cobrir os jogos do time no Gauchão 2012 aqui no blog, sobretudo o amigo Carlos Paiva, que inclusive chegou a viajar para Pelotas com a torcida do Zequinha. Seguimos indo aos jogos, e, no início de 2013, o clube encerrou um jejum de 32 anos sem títulos, ganhando a Copa Centenário, disputada no Passo d’Areia.
Nesse meio tempo, vimos o São José revelar alguns jogadores que tiveram passagens de destaque por polos importantes do futebol brasileiro e até do exterior. Ressalto aqui os casos de Walter, que atuou por Internacional e Porto-POR, e hoje defende o Atlético-PR, Victor Ferraz, lateral-esquerdo que hoje atua no Santos, Cassiano, ex-Internacional, que hoje está no Goiás, Tiago Volpi, atualmente goleiro do Querétaro-MÉX, e Pedro Carmona, de passagem pelo Palmeiras e destaque do Novorizontino. Isso sem falar em outros tantos atletas que estão em clubes menos importantes, mas que deram sua contribuição em seus momentos no Passo d’Areia.

Atualmente o clube vive um momento especial, de reconhecimento dentro e fora do Estado, pela campanha espetacular que vem fazendo no Gauchão 2016. Disto não vamos falar, pois a história é sabida por todos que acompanham o futebol gaúcho. O que poucos sabem é que, até cerca de 15 anos atrás, a realidade de bater de frente com a dupla Gre-Nal era bem diferente. O time vivia uma gangorra até 1999, quando voltou para ficar na elite do futebol gaúcho, contando com o aporte financeiro da Multisom, empresa do presidente da FGF, Francisco Noveletto Neto.

Algumas boas campanhas aconteceram nesse meio tempo, como nos Gauchões de 2001, quando o time alcançou o octogonal final (terminando na 5ª colocação), em 2006 e 2008, campeonatos nos quais o time foi bem na fase regular, mas sucumbiu nos mata-matas. No Gauchão 2010, aconteceu melhor campanha da história do clube até aqui, com o 4º lugar e resultados expressivos, como o 3 a 0 sobre o Inter, que seria campeão da América poucos meses depois. Já em 2011 e 2012, um duplo 6º lugar, foram as últimas campanhas relevantes do Zequinha.

O turning-point em uma história centenária

A consagração veio em 2015. Dois anos depois de desfeita a parceria com Noveletto, e contando com o empresário Milton Machado na presidência, o clube fez uma campanha totalmente irregular no Gauchão. Sob o comando de Gílson Maciel, o Cabeção, que até arrancou bem, sendo líder por duas rodadas, mas terminou na 11º colocação.

O segundo semestre reservava a disputa da Super Copa Gaúcha, composta dos chamados campeonatos regionais e da Copa FGF. Na Copa Sul-Fronteira, o time foi competente para liderar a fase regular, treinado por Thiago Gomes, sortudo para eliminar o Lajeadense nas semi-finais e dominante ao vencer o Internacional, já tendo como comandante China Balbino. Já na Copinha, o time passou bem por União Frederiquense e Igrejinha, surpreendeu o Grêmio e só caiu no gol qualificado contra o Lajeadense. Com os resultados, o São José se habilitou a disputar a fase final da Super Copa Gaúcha.

Ali, o São José foi superior em todos os aspectos, detonando novamente o União Frederiquense, e tendo a maturidade e eficiência suficientes para ganhar o título no clássico contra o Cruzeiro, levantando o troféu no Passo d’Areia. Jô, Heliardo, Fábio e Rafinha foram os principais nomes do time na campanha que teve 24 jogos, com 13 vitórias, 9 empates e apenas 2 derrotas, também contando a participação na Copa FGF. Todos seguem se destacando neste histórico 2016.
Neste sábado (09), começa mais uma aventura do “mais simpático” nos mata-matas do Gauchão, recebendo o Novo Hamburgo no Passo d’Areia, às 18h30, querendo despachar a pecha de simpático e tornar-se de uma vez por todas temido e respeitado pelos rivais. Aconteça o que acontecer, a campanha já entra para a história do clube, e a disputa da Série D no segundo semestre vai ser apenas mais um desafio àquele que quer ser muito mais que apenas um clube de bairro.

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